O estado do Rio de Janeiro inicia o ano de 2025 em situação de alerta em relação à dengue. Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que, nas primeiras semanas deste ano, já foram registrados 810 casos prováveis, com 50 internações. Até o momento, não há mortes confirmadas.
As informações são inseridas no sistema Monitora RJ, ferramenta digital que compila e atualiza diariamente os números fornecidos pelos municípios.
Cenário nacional preocupa
O panorama nacional também é alarmante. No ano de 2024, o Brasil registrou 6,6 milhões de casos prováveis de dengue, resultando em 6 mil mortes. Já em 2025, até o dia 9 de janeiro, foram contabilizados 16,3 mil casos prováveis e 16 óbitos ainda estão em investigação, segundo dados preliminares.
A região Sudeste concentra 75,4% dos casos notificados em todo o país, evidenciando a necessidade de ações coordenadas para prevenção e combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Medidas de prevenção
- Especialistas reforçam que a principal forma de conter a proliferação do mosquito é a eliminação de criadouros, sendo recomendadas as seguintes ações:
- Evitar o acúmulo de água parada: tampar recipientes, como caixas d’água, garrafas e tanques.
- Manter limpos calhas e ralos: evitar entupimentos que possam reter água.
- Reforçar a proteção individual: utilizar repelentes, telas em janelas e roupas que cubram braços e pernas.
Além disso, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dores no corpo, manchas na pele, náuseas e cansaço extremo. Caso apresente esses sinais, a orientação é procurar imediatamente um serviço de saúde.
Com as altas temperaturas e o período de chuvas, o combate ao mosquito torna-se ainda mais essencial para evitar uma possível explosão de casos ao longo do ano. Autoridades e especialistas reforçam a importância da mobilização da população para colaborar com as medidas de prevenção.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.
