Mais de 20 dias sem água em Nova Iguaçu: uma violação dos direitos humanos e da dignidade humana

Falta de água

A falta de água em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, é uma violação clara dos direitos humanos e uma afronta à dignidade humana. Há mais de 20 dias, moradores de diversos bairros enfrentam o desespero de não ter acesso a um recurso essencial para a vida. Em um cenário de dificuldades financeiras, muitos são forçados a comprar água, o que agrava ainda mais a situação. A ausência de uma solução efetiva por parte da concessionária Águas do Rio expõe a negligência com a população.

Bairros como Nova América, Bela Vista, a Bacia e Morro do Fubá estão entre os mais atingidos. A falta d’água não só compromete o abastecimento doméstico, mas também cria um ambiente de insalubridade, prejudicando a saúde e o bem-estar das pessoas. A água, além de um direito básico, é crucial para garantir a higiene e qualidade de vida da população, o que está sendo desrespeitado de forma inaceitável

Nas redes sociais, a indignação é evidente. Moradores relatam como o racionamento de água e o alto custo dos caminhões-pipa têm sido um fardo impossível de carregar. “Estamos há quase um mês sem água. Precisamos pagar por caminhões-pipa, e nem todo mundo tem condições para isso”, desabafou um morador. A situação se agrava para os que dependem desse recurso para as necessidades mais básicas do cotidiano.

Além das residências, o comércio e as unidades de saúde também estão sendo duramente afetados. Postos de saúde e hospitais precisam racionar o uso de água, comprometendo até a continuidade dos atendimentos essenciais. Diante disso, moradores se mobilizam, organizando protestos e abaixo-assinados, exigindo que tanto a concessionária quanto o poder público tomem providências urgentes. O silêncio da Águas do Rio só agrava a dor e o sofrimento da população. #Mobilização #DireitosHumanos #ComCausa

Contas abusivas

Nos últimos meses, têm surgido diversas denúncias de consumidores sobre cobranças abusivas nas contas de água emitidas pela concessionária Águas do Rio. Relatos apontam para aumentos inesperados nos valores das faturas, aplicação de multas elevadas e alterações nos cadastros dos imóveis sem o devido esclarecimento aos clientes.

Um exemplo é o caso de Maria da Glória Gabriel Serra, de 92 anos, residente em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Sua conta de água, que costumava ser em média R$ 150, saltou para R$ 1.660 após a Águas do Rio substituir o hidrômetro de sua residência. No mês seguinte, a fatura chegou a R$ 1.796, conforme noticiado pelo jornal Extra.

Diante desse cenário, a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a concessionária e a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa). O acordo visa impedir tarifas abusivas nas contas de água, obrigando a empresa a ajustar faturas, realizar perícias nos locais afetados e abster-se de cobrar multas caso seja comprovado aumento indevido após a instalação de novos hidrômetros.

Além disso, o Procon Carioca instaurou uma averiguação preliminar contra a Águas do Rio devido ao aumento significativo de reclamações relacionadas às tarifas. O órgão destaca que a cobrança deve refletir o consumo real aferido, não podendo ser realizada por estimativa, prática que tem sido adotada pela concessionária e considerada prejudicial aos consumidores.

A concessionária Águas do Rio tem enfrentado críticas não apenas pela questão das cobranças, mas também pela qualidade do serviço prestado. Moradores de diversos bairros do Rio de Janeiro e de cidades da Baixada Fluminense relatam falta d’água frequente, afetando residências, comércios e unidades de saúde. Em novembro de 2024, o Procon-RJ notificou a empresa devido às falhas registradas, acumulando 1.446 reclamações nos canais de atendimento do Procon Carioca naquele ano.

Em resposta às denúncias, a Águas do Rio afirmou que está comprometida em solucionar os problemas apontados e que tem trabalhado para aprimorar os serviços e o atendimento aos clientes. A empresa orienta os consumidores que se sentirem lesados a entrarem em contato pelos canais oficiais de atendimento para que suas situações sejam analisadas individualmente.

Enquanto isso, órgãos de defesa do consumidor e entidades públicas continuam monitorando as ações da concessionária para garantir que os direitos dos usuários sejam respeitados e que serviços essenciais, como o fornecimento de água, sejam prestados de forma adequada e justa.

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