Nós, da ComCausa, temos acompanhado de perto como o excesso de trabalho tem afetado a saúde mental e física de milhares de pessoas. O problema já é reconhecido como uma questão de saúde pública em diversos países e, no Brasil, a situação é alarmante: cerca de 30% dos trabalhadores enfrentam o burnout, a síndrome do esgotamento profissional.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o burnout como um fenômeno ocupacional causado por estresse crônico no ambiente de trabalho. Os sintomas vão desde cansaço extremo e falta de motivação até problemas cardíacos graves. Além disso, um estudo da OMS e da OIT revelou que jornadas superiores a 55 horas semanais aumentam em 35% o risco de AVC e em 17% as chances de doenças cardíacas fatais. A pressão por produtividade, agravada pelo home office e pela falta de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, tem tornado essa realidade ainda mais crítica.
Nós acreditamos que combater o esgotamento profissional passa por mudanças estruturais, como a adoção de políticas de bem-estar no trabalho, a valorização da saúde mental e o respeito às jornadas laborais. E um dos pontos que precisa ser revisto é a escala 6×1, modelo em que o trabalhador tem direito a apenas um dia de folga por semana.
Fim da escala 6×1 melhora a qualidade de vida
A escala 6×1, ainda muito comum no comércio, indústria e serviços, tem sido alvo de debates devido aos impactos negativos na saúde mental e física dos trabalhadores. A falta de tempo adequado para descanso e lazer contribui para o aumento do estresse, da fadiga e do risco de doenças ocupacionais. Não é apenas uma questão de produtividade, mas de qualidade de vida e dignidade no trabalho.
Algumas empresas e países já estão adotando mudanças, como a semana de quatro dias úteis ou a escala 5×2, garantindo ao menos dois dias consecutivos de descanso. Essas novas abordagens têm mostrado impactos positivos tanto para os funcionários quanto para as empresas, reduzindo índices de absenteísmo e aumentando o engajamento e a satisfação no ambiente corporativo.
Sabemos que essa luta não pode ser travada sozinha. A ComCausa está comprometida em dar visibilidade a essa discussão e apoiar iniciativas que promovam um ambiente de trabalho mais saudável e humano. Afinal, trabalhadores mais descansados são mais produtivos e, acima de tudo, mais felizes.
ComuniSaúde: promovendo saúde nas favelas da Baixada Fluminense
A preocupação com a saúde dos trabalhadores não se limita ao ambiente corporativo. Com o ComuniSaúde, queremos melhorar o acesso ao atendimento básico e fortalecer o suporte à saúde mental nas favelas da Baixada Fluminense. Em parceria com secretarias municipais de saúde e instituições locais, o projeto será implementado em comunidades de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita.
Para garantir que as informações cheguem a todos, lançamos a plataforma digital ComuniSaude.org.br, onde a população pode encontrar detalhes sobre os serviços de saúde disponíveis. Além disso, a ComCausa oferecerá um canal de comunicação via aplicativos de mensagens, permitindo que qualquer pessoa tenha acesso rápido a orientações e suporte durante a campanha.
A saúde mental deve ser uma prioridade, tanto no ambiente de trabalho quanto nas comunidades. Precisamos continuar lutando por condições mais dignas para todos.
ComuniSaúde e o impacto nas favelas
O ComuniSaúde visa melhorar o acesso ao atendimento básico, promover saúde mental e fortalecer as redes comunitárias nas favelas da Baixada Fluminense. O projeto será implementado nas principais favelas de Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis e Mesquita, em colaboração com secretarias municipais de saúde e instituições locais. O envolvimento dos moradores será crucial para mapear as necessidades e garantir que a campanha atinja todos de forma inclusiva.
O lançamento da plataforma digital ComuniSaude.org.br também será parte importante do projeto, fornecendo informações detalhadas sobre os serviços de saúde disponíveis. A ComCausa também disponibilizará um número de telefone com aplicativos de mensagens para fornecer suporte durante a campanha, garantindo que a população tenha fácil acesso a orientações sobre os serviços de saúde.
Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro
Desde 2021, mais de R$ 22 milhões foram investidos em projetos de saúde nas favelas cariocas, com apoio da Lei Nº 8.972/20 e do Fundo Especial da ALERJ. Instituições renomadas como a Fiocruz , IFF, UENF, UFRJ, UERJ, PUCRJ, SBPC, Alerj e Abrasco fazem parte do Plano Integrado de Saúde nas Favelas do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir que os serviços de saúde alcancem as áreas mais necessitadas.

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